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Doença Celíaca

Publicado em: 01/05/2021 

No terceiro domingo de maio se comemora o Dia Internacional dos Celíacos. O mês todo é lembrado como mês de conscientização dos celíacos.

 

Ações como caminhadas, oficinas culinárias e palestras são efetuadas, com o intuito de divulgar a respeito da doença e a importância da alimentação no tratamento, do seu diagnóstico precoce e inserção social.

 

A Doença Celíaca (DC) é uma doença autoimune, que afeta o corpo todo de pessoas com predisposição genética para tal, provocada pela ingestão de glúten.

 

O contato do glúten com as células intestinais provoca ativação de anticorpos e consequentes alterações neste órgão, ocasionando inflamação, alterando a absorção de nutrientes e provocando deficiências nutricionais e suas consequências ao organismo.

 

Este é um problema que acomete milhões de pessoas no mundo. Atinge pessoas de todas as raças e idades, podendo iniciar na infância ou na fase adulta. Porém ainda é subdiagnosticada devido ao vasto número de sintomas provocados.

 

O que é glúten?

 

O glúten é um dos componentes de grãos como centeio, cevada e, principalmente, o trigo. O glúten é constituído de proteínas, que dão elasticidade, consistência e maciez aos produtos feitos com estes grãos. Estas proteínas é que causam reação imunológica no organismo.

 

A aveia não tem glúten, mas normalmente ela é processada em moinhos ou fábricas que também processam cereais que contêm glúten, causando assim o que se chama de “contaminação cruzada” pelos resíduos de glúten. Portanto os celíacos também não devem consumir aveia.

 

É possível encontrar aveia que não contenha glúten e isto está estampado no rótulo da embalagem. Mesmo assim nem todos os celíacos a toleram.

 

Exemplos de alimentos que não contêm glúten:

Arroz, feijão e todas as outras leguminosas como ervilha, lentilha, grão-de bico e outras,

quinua, amaranto, trigo sarraceno, milho, sorgo, tapioca, farinha de arroz, fécula de batata, leite, carnes, oleaginosas, açúcar, azeite, todas as verduras e legumes e tantos outros.

 

Exemplos de alimentos que contêm glúten:

 

Farinha de trigo, trigo de quibe, todos os alimentos que tenham sido preparados com trigo, cevada ou centeio como pães, bolos, massas, cerveja e outras bebidas preparadas com malte de cevada.

Alimentos industrializados em geral, podem conter glúten na sua composição, atém mesmo os improváveis, como por exemplo café, achocolatado, embutidos, enlatados e outros.

 

 

Informação nos rótulos dos alimentos:

 

É importantíssimo ler os rótulos dos alimentos, ler a lista de ingredientes e principalmente estar atento às informações: “contém glúten” ou “não contém glúten”.

Há uma lei que exige que esta informação esteja nos rótulos dos produtos que contenham glúten.

 

Diagnóstico da doença celíaca:

 

O diagnóstico deve ser preciso, efetuado pelo médico, por meio vários exames, entre eles biópsia intestinal, até porque a doença é complexa, com variados sintomas, apresenta períodos de latência, além de existirem muitas doenças com sintomas similares. 

 

Esta doença pode iniciar nos primeiros anos de vida com diarreia ou constipação, distensão abdominal, desnutrição, déficit de crescimento, vômitos, irritabilidade, emagrecimento, anorexia e outros. Esta é a forma mais frequentemente apresentada e é denominada forma clássica.

 

Há também a forma não clássica, que se revela tardiamente com manifestações isoladas, podendo ser monossintomática ou oligossintomática, ou com baixa intensidade, podendo apresentar diversos sintomas gastrointestinais (dor abdominal, vômito, obstipação, refluxo, distensão abdominal, burburinho, etc.), além de fadiga, anemia, baixa estatura, enxaqueca, dermatite, redução na densidade óssea, deficiência nutricional, entre outras.

 

Tem ainda a doença celíaca assintomática. Esta forma é detectada em familiares, de primeiro grau, de pacientes celíacos. Ela não é incomum e, muitos dos portadores, apresentam melhoria na sua qualidade de vida após a prática da dieta isenta de glúten e optam por permanecer com esta restrição por longo prazo.

 

Nos últimos anos houve um aumento no número de diagnósticos e isso se dá devido ao aumento da incidência da doença, além de diferentes formas de manifestações da mesma, bem como testes mais precisos.

 

Tratamento

 

O único tratamento para a doença celíaca é uma dieta totalmente livre de glúten, para a vida toda. Não podendo ingerir nenhum alimento ou medicamento que contenha glúten.

 

Esta dieta pode levar a uma melhora significativa dos sintomas e dos parâmetros bioquímicos anormais, melhora na qualidade de vida da pessoa, volta do crescimento e desenvolvimento de crianças celíacas. Com esta dieta também é possível reduzir o risco de complicações malignas e não malignas.

 

Consulta com nutricionista

 

É necessário que este paciente consulte um nutricionista com experiência no assunto, após a consulta ao médico.

 

O paciente deverá ser analisado como um todo, desde hábitos alimentares, estado nutricional, possíveis deficiência de macro e/ou micronutrientes, sinais e sintomas individualmente.

 

Este paciente deverá ter um cardápio específico, com todas as orientações para ele e para a família ou pessoas de sua convivência, bem como, suplementação de nutrientes caso isso seja necessário.

 

Ter o diagnóstico preciso da doença celíaca permite ao portador ter melhor qualidade de vida e gerir sua própria saúde. 

Fonte: http://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-regiao/blog/nutricao-pratica/post/doenca-celiaca.html

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